📊 Principais dados sobre quedas no Brasil
- Segundo o ELSI‑Brasil — pesquisa sobre saúde dos idosos realizada entre 2019 e 2021 —, a prevalência de quedas entre idosos que moram em áreas urbanas foi de cerca de 25%. Serviços e Informações do Brasil.
- Um estudo específico no Sul do país encontrou que, no último ano, cerca de 28,1% dos idosos sofreram pelo menos uma queda. Entre os que caíram, 12,1% resultaram em fraturas (normalmente membros inferiores).
- Em âmbito nacional, um levantamento com mais de 6.600 idosos mostrou queda em cerca de 27,6% da amostra; e entre os que caíram, aproximadamente 11% relataram fraturas.
- Entre pacientes idosos internados em hospitais, um estudo realizado em 2013 verificou incidência de 12,6 quedas por 1.000 pacientes-dia. Fatores associados incluíam polifarmácia (uso de vários medicamentos), problemas de visão, alterações de marcha/equilíbrio, incontinência urinária, uso de laxantes ou antipsicóticos.
🏥 Tendência em internações e sobrecarga no sistema de saúde
- Entre 2010 e 2021, foram registradas cerca de 1.270.341 internações no sistema hospitalar nacional por causa de quedas entre idosos. Houve um crescimento contínuo dessas internações de 2010 a 2019 — depois desse período, os números se estabilizaram até 2021. MDPI
- Em 2023, por exemplo, foram registradas aproximadamente 78.137 internações de idosos por quedas — um número levemente menor que o de 2022, quando houve cerca de 79.305 internações. Doity
👵 Quem mais é afetado — fatores de risco
Os estudos brasileiros apontam que as quedas são mais frequentes entre:
- Mulheres.
- Idosos de idade avançada (quanto maior a idade, maior o risco).
- Pessoas com comorbidades: doenças crônicas como artrite, diabetes, problemas cardíacos, dificuldades de mobilidade, problemas de visão.
- Situação socioeconômica mais vulnerável: menor renda, menor escolaridade.
- Para idosos hospitalizados: uso de múltiplos medicamentos (polifarmácia), incontinência, problemas de equilíbrio, visão, entre outros.
⚠️ Consequências: impacto físico, social e para a saúde pública
As quedas mostram-se um problema grave para saúde pública por vários motivos:
- Fraturas: um percentual significativo das quedas resulta em fraturas — o que em idosos pode levar a perda de mobilidade, dependência, hospitalizações longas, cirurgias, complicações.
- Mortalidade: em determinadas regiões/especialidades, as quedas participam como causa de óbitos entre idosos, especialmente em faixas mais avançadas de idade.
- Sobrecarga ao sistema de saúde: o grande número de internações, atendimentos de urgência e reabilitações por quedas representa carga significativa para hospitais e para o SUS.
- Impacto na qualidade de vida: além dos danos físicos, há riscos de perda de autonomia, medo de sair de casa, isolamento social, redução da mobilidade e da independência.
✅ O que os dados sugerem em termos de prevenção e políticas públicas
Dado o perfil de quem mais sofre quedas — idosos, mulheres, pessoas com doenças crônicas, polifarmácia, vulnerabilidade socioeconômica — os estudos apontam a necessidade de medidas de prevenção específicas:
- Avaliação geriátrica ampla, com revisão de medicações, busca de equilíbrio, visão, força muscular.
- Adaptação do ambiente doméstico e urbano (pisos adequados, iluminação, corrimãos, segurança fora de casa).
- Educação para idosos, familiares e cuidadores sobre os riscos, e promoção de hábitos saudáveis (exercícios de equilíbrio, mobilidade, avaliação médica regular).
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